segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

LUTA PELA VIDA




É tão comum ver-mos humanos matando humanos e animais caçando uns aos outros. Estou dizendo isso por refletir a respeito do filme “As aventuras de Pi”. É um filme muito inteligente, pois mostra os contrastes e extremos a que se pode chegar dependendo da situação em que nos encontramos.
Da infância à maturidade, das perdas aos desafios, à busca do significado do seu nome que leva ao encontro da racionalidade, da devoção a várias religiões à harmonia entre elas, do menino à fera, uma floresta devoradora e humanos fazendo papel de animais. O tigre retorna à selva e o ser humano encontra a libertação.
O interessante da história é a beleza da natureza e dos animais, mas infelizmente não há harmonia entre os seres quando eles são forçados a lutar pelas suas vidas em pleno oceano. Ao contar a história, Pi, o único sobrevivente do naufrágio, apresenta duas possibilidades que podemos escolher. Essa escolha pode ser com base nos fatos em que acreditamos ser mais reais ou mais aceitáveis. Mais real seria humanos enlouquecidos e cheios de ira se matando para conseguir entrar e ficar no bote. Mais aceitável seria pensarmos que havia no bote, junto com Pi, um Tigre, uma Hiena, uma zebra e um Chimpanzé fêmea, estes últimos machucados. A Hiena mata o Chimpanzé fêmea e a zebra. Depois o Tigre mata a Hiena. Durante o resto do percurso o homem tenta dominar a fera e eles conseguem conviver no mesmo espaço. O humano domina a fera e cuida dela. No final, a fera desaparece na floresta, seu habitat natural.
É curioso, mas apesar de termos instintos ruins, Deus não criou os seres humanos para se caçarem, os animais, porém, nasceram como presas e predadores, eles sim são selvagens. E, no entanto, nós somos capazes de cometer absurdos e nos tornarmos animais sem sentimentos.
É fácil matar e mais fácil ainda é ver bandidos se livrando de crimes hediondos. Que mundo é esse? Um mundo que, apesar de tantas injustiças, tem um criador. Mas a culpa de todos os males não é dele, é dos humanos.

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