sábado, 18 de agosto de 2018

A DESCOBERTA DO SÉCULO: o brasileiro é 100% preconceituoso

Amigos, não se iludam. Não existe PRECONCEITO na sociedade somente em relação a mulheres, negros ou gays... O preconceito surge quando a pessoa é idosa (porque acham que tais pessoas já não têm tantas capacidades laborativas ou mentais), quando é jovem demais (o que dificulta a todos conseguirem o primeiro emprego por falta de experiência), quando a pessoa é gorda (se o cargo que ela ocupa exige um físico fitness), quando a pessoa é tímida (porque julgam que não irá adquirir desenvoltura para certas atividades), quando é magro demais (caso precise carregar peso ou fazer tarefas pesadas), quando trabalha com serviços de limpeza (porque se criou uma visão de que são pessoas menos instruídas), quando é gay ou transexual (porque pode causar problemas com outras pessoas preconceituosas), quando a pessoa tem um currículo melhor que o patrão (porque pode vir a roubar a sua posição) ou quando é preto - em maior escala, é claro (aí existem diversos motivos sem sentido para isso).
        Agora vou contar os preconceitos que eu já sofri e segui em frente porque não sou das fracas: comecei minha vida profissional como Técnica em Edificações. Uma mulher tem, sim, dificuldades de entrar nessa área, mas o pior é quando alguém não lhe dá uma vaga porque você tem mais cara de "modelo" do que de fiscal de obra (segundo o entrevistador). Mais tarde, persistindo, consegui ser fiscal de obra, mas os serventes se equivocaram comigo, recebi até chocolate um dia. Resultado: demiti 1 e discuti com o mestre de obra. Aí cansei. Procurei outras funções porque era estressante mesmo para mim. E depois de ter passado por várias vertentes da construção civil (desenhista cadista, orçamentista, vendedora de materiais de construção), resolvi fazer Licenciatura em Letras. Construí larga experiência com revisão de texto, sou escritora e tenho inglês avançado, porém, já com toda essa bagagem profissional, não consegui emprego na minha nova cidade porque meu currículo era muito bom. Resultado: eu precisava apenas de 3 meses de trabalho escravo até abir meu próprio negócio, então, coloquei somente Ensino Médio no coitado do currículo. Aí consegui oportunidades. E o Brasil é assim: preconceituoso por natureza. Então, se todos são injustiçados e não existe só um tipo de vítima é porque todos são opressores e criam suas opiniões sem base em coisa alguma que faça sentido, são intolerantes e nem percebem.  Pare e pense nas suas atitudes preconceituosas também. Veja que não devemos nos dividir, e sim conviver da melhor forma com igualdade e respeito. É claro que ninguém é santo, em algum momento escolhemos uma pessoa em detrimento de outra porque aquela preenchia melhor os requisitos para algo. É como escolher um time de futebol. Vai ser difícil mudar isso na sociedade; a melhor opção é ser persistente, pois tendo foco na busca, é fácil  encontrar o lugar onde nos encaixamos, para um dia sermos valorizados. 

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Pintando uma vida louca

Ao longo da minha vida de 33 anos, tenho notado que é muito mais fácil de se conseguir as coisas quando projetamos. Ok, se você não é da área da arquitetura como eu, não tem problema, basta desenhar e escrever seus planos, eu até tenho uma agendinha desde 2014 com todas as minhas metas anuais para cada ano desde lá. Tudo que almejei aconteceu e mais um pouco. Eu nem tinha dinheiro para comprar um outro terreno, mas ele veio até mim. Então eu agora sonho com uma chácara ou um sítio, sem ter dinheiro algum para isso, mas ele já é meu. Eu já tenho até uma vaca e duas galinhas, bem como um cavalo. 
Eu andava meio chateada porque estava sem amigos em minha nova cidade, mas agora amigos vêm até nós, pessoas que parecem ser muito divertidas e da mesma idade - muito importante!
Eu posso me sentir triste em alguns momentos, mas meu melhor momento de vida está sendo agora, e não é sorte ou porque Deus permitiu, fui eu que corri atrás e consegui tudo o que tenho hoje. O que tenho hoje não está ligado ao setor financeiro ainda, mas, sim, à liberdade profissional. Esse é o melhor gostinho que fica na boca. E como nada é instantâneo, o que é secundário bem com o tempo. Enquanto isso vamos aproveitando essa vidona de não ter a quem obedecer. Eu sou foda. E você? Nunca parou pra pensar que a culpa do que acontece na sua vida é toda sua? Você é foda ou totalmente fudida? Bela diferença. Então começa a desenhar, ora.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Acordei assim...


Evitar discussões que levam a cicatrizes, evitar falar que se está triste em 10% do tempo porque conselhos nem sempre são bons, evitar dizer que se está feliz 90% do tempo porque nem todo mundo aceita bem lá no seu interior... Quem nunca fez isso? Quem alguma vez se arrependeu disso? Quem nunca conseguiu? Tanto faz, o que se diz nem sempre é o que se faz, seguimos tentando. Um dia me disseram que amigos devem ser conquistados todos os dias, nem que seja necessário dar um bombom a cada um. Um dia me disseram que é assim que mantemos amigos e fazemos novos - mas principalmente sem se meter em detalhes da vida da pessoa, porque cada um conta o que quer. Hoje as pessoas só querem sugar alguma informação da sua vida para contar a alguém, para saber quanto você ganha, quanto gastou, quem chifrou quem, quem foi demitido por quem, quem foi despejado, quem contou a fofoca primeiro, etc. Se hoje não me tornei escritora não foi porque não me esforcei, foi porque cansei de me esforçar e percebi que no Brasil não há retorno. Eu poderia estar escrevendo um livro agora, contando toda a minha insatisfação, dor, entusiasmo, perseverança, crueldade - ou seja, emprestando sentimentos diversos - para meus personagens; só que aqui não há leitores, especialmente leitores que gostem de escritores brasileiros. E é por isso que eu não invisto no meu pobre livro guardado que demorei tanto para escrever. Gastar 10 mil ou mais para publicar não está fácil. Desisto porque é menos cansativo e porque é mais inteligente. Hoje foi apenas um dia confuso, um dia que me obrigou a pensar, filosofar. Sinto-me uma sofista, dentro de um romance inverossímil. A partir de hoje não serei mais Carol Utinguassu, e sim Lina Rosa - meu pseudônimo.