Assisti
recentemente a uma ótima palestra, apresentada pela professora Márcia
Zimmer, do Centro Universitário Ritter dos Reis – Laureate, e como achei muito
interessante, estou compartilhando aqui. Ela abordou os aspectos importantes de
se aprender outras línguas e do impacto sobre a criatividade na globalização,
visto que pelo uso de vocabulário de outras línguas dentro da língua materna é
promovido o progresso e se forma uma população cosmopolita, o que mostra as
diferenças entre os mono e bilíngues.
Nesse
contexto, o conceito de gerenciamento cerebral é caracterizado pelas trocas de
códigos que acionam diferentes funções cognitivas, como o monitoramento de
conflito, a agilidade de pensamento e a potencialização da flexibilidade mental
ao passar de uma atividade para a outra repentinamente. Isso significa que ao
se colocar no lugar de outra cultura, outro quadro social, o indivíduo pensa de
outras maneiras, ou seja, forma-se um pensamento divergente e criativo, e essas
trocas denominam-se code switching (troca de código) e frame switching (troca de quadro).
A pesquisadora destacou que hoje
não é mais exigido que saibamos todos os níveis de outra língua, afinal, é
muito difícil conseguir ser perfeito na sintaxe, na morfologia e dominar todas
as regras de gramática. Sendo assim, o uso varia conforme o grau de
proficiência da leitura, escrita ou fala; e a aquisição da língua varia de
acordo com o método de ensino utilizado.
Considerando
que multilíngues se adaptam às trocas de tarefas mais rápido, os contextos
diferentes possibilitam habilidades superiores, pois há uma troca frequente de
arcabouço cultural. Em adolescentes, a resolução de problemas ainda é precária
pelo motivo de os hormônios serem desenvolvidos mais tarde. Pode-se dizer que,
para os jovens, aprender outra língua estimula o raciocínio; já na velhice, as
funções executivas se mantêm e previnem o ser bilíngue em relação à atenção, à
memória de trabalho e à resolução de problemas.
Minha
sugestão é que, se você ainda tem alguma dúvida sobre a relevância de se
aprender outra língua, não pense apenas que facilitará encontrar um bom emprego
ou que será útil para as suas viagens internacionais, e sim que é uma forma de
manter o cérebro saudável.
Veja o artigo completo em: http://migre.me/mSy2j